Financiamento da transição para uma economia de baixo carbono e investimentos sustentáveis na Amazônia Legal e no Nordeste do Brasil

A AFD atua ao lado dos bancos públicos de desenvolvimento para contribuir com o financiamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). No Brasil, o BNDES apoia grandes projetos estruturantes em nível nacional e há muito tempo está no centro do financiamento de políticas públicas de desenvolvimento sustentável. O banco atua fortemente no financiamento de ativos para diversificar a matriz energética do país (eólica, solar, biomassa) e para desenvolver serviços modernos e de baixo carbono de transporte público.

Mais recentemente, o BNDES tem atuado como catalisador na implementação das políticas ambientais nacionais e na gestão do Fundo Amazônia. O banco se compromete a intensificar suas iniciativas na Amazônia brasileira, visando um futuro mais sustentável e inclusivo para a região.

A partir de 2014, o BNDES e a AFD apoiaram políticas públicas de energias renováveis e eficiência energética, contribuindo para a diversificação da matriz elétrica nacional e para a redução das emissões de gases de efeito estufa, com uma linha de crédito de 206 milhões de dólares. Em 2021, a parceria foi estendida ao setor de transportes, num contexto em que o BNDES passou a atuar na estruturação de parcerias público-privadas (PPPs) para municípios e estados. Em 2024, a nova operação visa apoiar o financiamento de projetos na Amazônia Legal e, em certa medida, no Nordeste, buscando melhorar o acesso das comunidades locais a bens e serviços essenciais e, ao mesmo tempo, fomentar práticas financeiras sustentáveis e inovadoras para preservar o patrimônio natural.

O primeiro projeto consolidou a colaboração entre as duas instituições. A operação no setor de energia permitiu o financiamento de 5 parques eólicos no Nordeste (capacidade instalada de 5 x 29,6 MW) e de 5 projetos de modernização/expansão de usinas a biomassa. No setor de transportes, a subvenção financiou estudos de viabilidade para estruturação de projetos de ônibus rápidos (BRT) em capitais regionais. A segunda operação de financiamento será voltada à melhoria do acesso a bens e serviços essenciais e ao desenvolvimento de iniciativas econômicas que gerem empregos decentes e contribuam para a conservação da biodiversidade.